Em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, o Programa Gulbenkian Ambiente apresenta o ciclo Cinema & Ambiente. O objectivo deste ciclo de cinema é motivar uma discussão alargada com o público sobre a temática ambiental, contando para isso com o contributo de personalidades públicas de áreas diversas, convidadas para comentar os filmes.
PROGRAMA
15 Setembro, terça-feira, 21h30
Safe, de Todd Haynes, 1995.
Comentado por Teresa Gouveia
Realizado em 1995, Safe conta a história de Carol White, que desenvolve uma doença ambiental inexplicável, criando alergias a todo o tipo de químicos do quotidiano. Acaba por lhe ser diagnosticada a “doença do século XX”. Após a projecção, Teresa Gouveia irá lançar o debate a partir deste filme, que questiona o ambiente artificial em que vivemos.
13 Outubro, terça-feira, 21h30
Die Wolke (“A Nuvem”), de Gregor Schnitzler, 2006.
Comentado por Inês Pedrosa
Neste filme alemão Die Wolke (“A Nuvem”), de Gregor Schnitzler, 2006, dois jovens vivem uma relação amorosa no contexto de um acidente nuclear perto de Frankfurt que lança o pânico no país.
10 Novembro, terça-feira, 21h30
Medicine Man (“Os Últimos Dias do Paraíso”), de John McTiernan, 1992. Comentado por Susana Fonseca, Presidente da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza.
15 Dezembro, terça-feira, 21h30
The Trigger Effect (“Efeitos na Escuridão”), de David Koepp, 1996. Comentado por Luísa Schmidt, socióloga do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Este filme ilustra o equilíbrio precário em que assenta a nossa civilização. Quando uma falha de energia com permanência atinge os habitantes dos subúrbios de uma cidade norte-americana, o caos é instalado. O filme acompanha os movimentos de um casal, a braços com um bebé e um amigo comum, forçados a lidar com os instintos mais primitivos dos que os rodeiam, motivados pelo desespero.
12 Janeiro, terça-feira, 21h30
Five, de Arch Oboler, 1951.
Comentado por Isabel Capeloa Gil, da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.
Filme “de culto” Five, realizado em 1951 por Arch Oboler, também ele um autor americano “de culto”. Five é uma fábula moralista, que narra as consequências de uma guerra atómica e o seu efeito sobre os únicos cinco seres humanos que sobrevivem ao holocausto nuclear. Precursora do género pós-apocalíptico, Five é uma obra de ficção científica sobre a qual François Truffaut disse, aquando da sua estreia: “Filme de grande probidade, de igual sinceridade e de frescura autêntica, que impõe ao nosso espírito a noção de simpatia”.
9 Fevereiro, terça-feira, 21h30
Soylent Green (“À Beira do Fim”), de Richard Fleischer, 1973.
Comentado por Inês de Medeiros.
O ano é 2022. A super-população torna praticamente a cidade de Nova Iorque, com os seus 40 milhões de habitantes, mais de metade no desemprego, e com a alimentação reduzida a uma espécie de bolacha sintética (soylent green), uma "bomba" prestes a explodir em motins. Charlton heston é um polícia encarregado de investigar a morte de um ex-dirigente da empresa Soylent, e vai descobrir uma sinistra verdade. O último filme do grande Edward G. Robinson. Comentado por Paula Moura Pinheiro Baseado numa história real, o filme conta-nos o percurso do jovem Christopher McCandless (uma notável interpretação de Emile Hirsch) que após licenciar-se na Universidade de Emory, resolve desfazer-se de todos os símbolos da civilização, dando aos amigos os seus haveres e as suas economias (24 mil dólares) para obras de caridade, partindo, em seguida, à boleia, para o Alasca para viver a "vida selvagem". Uma série de encontros assinala o percurso de final trágico. Há os que consomem e os que reciclam. Este filme é um pitoresco e íntimo retrato da realizadora que se assume, na sua função, como os respigadores que encontra e entrevista, mostrando o papel que desempenham na luta pela sobrevivência. Saber aproveitar e utilizar o que os outros desprezam. Produtos, por um lado. A própria matéria fílmica segundo Varda.
9 Março, terça-feira, 21h30
Into the Wild (“O Lado Selvagem”), de Sean Penn, 2007.
13 Abril, terça-feira, 21h30
Les Glaneurs et la Glaneuse (“Os Respigadores e a Respigadora”), de Agnès Varda, 2001. Comentado por Helena Roseta
18 Maio, terça-feira, 21h30
Wind across the Everglades (“A Floresta Interdita”), de Nicholas Ray, 1958. Comentado por Rosalia Vargas, do Pavilhão do Conhecimento
Penúltimo filme de Nicholas Ray em Hollywood, antes da aventura das "produções expatriadas" na Europa, que dariam cabo da sua carreira. Trata-se também de uma obra ecologista avant la lettre. A acção passa-se nos começos do século XX e mostra a luta de um professor contra os caçadores furtivos que dizimavam certas espécies de aves cujas penas eram usadas em chapéus de luxo. Fabulosa utilização dos cenários naturais dos pântanos e cursos de água.
Óscar da Academia de Hollywood para melhor documentário e Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1956, este filme é inspirado no livro-reportagem de Jacques-Yves Cousteau, e acompanha uma das suas expedições oceânicas, ilustrando as suas pesquisas na vida marítima e os problemas que os exploradores enfrentam nas profundidades.
15 Junho, terça-feira, 21h30
Le Monde du Silence, de Jacques-Yves Cousteau e Louis Malle, 1956, comentada por Maria Mota.
O ciclo Cinema & Ambiente termina no dia
13 Julho, terça-feira, 21h30
The Happening (“O Acontecimento”), de M. Night Shyamalan em 2008, comentado por Viriato Soromenho-Marques, Coordenador Científico do Programa Gulbenkian Ambiente.
O que terá provocado a desaparição total das abelhas? Qual a razão deste "acto" surpreendente da natureza? A questão é objecto de estudo numa universidade, onde apenas se esboçam as mais variadas teorias. Mas, entretanto, outro fenómeno emerge no central Park de Nova Iorque, espalhando-se a pouco e pouco por todo o lado, atingindo as pessoas de forma trágica. Estarão os dois acontecimentos ligados?
Informação retirada do site da Fundação Calouste Gulbenkian