A história de uma conspiração política e de uma paixão inconveniente, nos conturbados anos que antecederam a instauração da República em Portugal, marcados pelo regicídio, em Fevereiro de 1908. Apresentação de Júlio Conrado.
Em 1905, D. Carlos de Portugal e a Rainha D. Amélia fazem uma visita oficial a Paris. É um sucesso internacional que não anula as conturbações internas.
O país está em falência económica e o sistema político mostra-se ineficaz na resolução dos problemas. D. Carlos toma medidas de força para repor a ordem, arriscando-se a ultrapassar os limites do seu poder constitucional. O Partido Republicano reforça-se. E a ideia de depor o Rei, substituindo-o pelo seu filho, ganha força nos bastidores do meio político. Entretanto, o Príncipe D. Luiz trava outras batalhas, de coração, rendido a uma jovem brasileira da mais alta sociedade. Amélia Laredo possui todas as qualidades de uma rainha – salvo o nascimento. Incapaz de aceitar a impossibilidade daquela ligação, o casal tem uma filha. Perante o embaraço deste nascimento, o rei, inspirado pela rainha-mãe, D. Maria Pia, decide-se por uma solução temporária que acautela o futuro e protege a honra de todos.Mas os acontecimentos precipitam-se. Os sonhos de amor e as lutas políticas acabam tragicamente na Rua do Arsenal. No dia 1 de Fevereiro de 1908, Lisboa acorda com o assassinato do Rei D. Carlos e do Príncipe herdeiro, deixando, por um lado, Portugal em mãos demasiado fracas e abandonando, por outro, Amélia Laredo e a sua filha à incerteza de um grande segredo.
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