Sobre o livro A CABEÇA DE FERNANDO PESSOA: Do prefácio do livro por Edimilson de Almeida Pereira: Para o leitor que desejar, esta colectânea fornece apelos que a relacionam às demandas da intertextualidade, da tradição e talento individual, e da selecção de um paideuma - aspectos que identificam a oficina do autor e apontam as suas áreas de gravitação. Porém, quando se propõe a realizar "uma simples releitura/ da nossa história da literatura", o autor de A Cabeça de Fernando Pessoa sugere outra, e mais tensa, dimensão para o diálogo. Ao invés de restringi-lo à lógica do reconhecimento, Cristóvão analisa as fendas entre os discursos e pondera que o mundo conhecido (na série social e na série literária) vem a ser, de facto, uma forma de estranhamento à consciência do sujeito. Por isso, o diálogo, nesta colectânea, acena para uma lógica da dissonância, que coloca em xeque a evidência do reconhecimento (Cristóvão em Campos/ Kazuo /Bocage/ Drummond) ressaltado acima. Luís Filipe Cristóvão (Torres Vedras/ 1979) é uma ficção que assina, como autor, os livros de poesia Registo de Nascimento (Livrododia, 2005), Pequena Antologia para o Corpo (Col. Palavra Ibérica, 2007), E como ficou chato ser moderno (Livrododia, 2007), Santa Cruz (Livrododia, 2008) e o Blogue 1979. O seu ente real prefere ser tratado como gestor criativo na área do livro. Este livro integra-se na Colecção Pasárgada: É uma pequena colecção de poesia, cujo nome é uma clara homenagem ao poeta brasileiro Manuel Bandeira, que se insere no espaço luso-brasileiro e que tem como objectivo a divulgação de poetas contemporâneos ainda pouco divulgados em Portugal. Cada título da colecção é numerado, rubricado pelo autor e primeiras e únicas edições.
Informação do site da Casa Fernando Pessoa e do blog Mundo Pessoa.