Comunidade de Leitores - O Dinheiro e/ou a Felicidade? Por Helena Vasconcelos
28 de Janeiro, 11 e 25 de Fevereiro, 4, 18 e 25 de Março de 2009 às 18h30
Sala 4 - Culturgest
Entrada Gratuita: Inscrições até 23 de Janeiro (limite de 40 pessoas) na bilheteira da Culturgest, pelo telefone 21 7905155, pelo fax 21 7905154 ou pelo e-mail culturgest.bilheteira@cgd.pt
Nesta época ‘de crise’, como convivemos com o dinheiro (ou com a sua falta)? Estarão o dinheiro e a felicidade estreitamente ligados? Anthony Trollope, no século XIX, inspirou-se em escândalos financeiros para contar, em The Way We Live Now (1875), várias histórias – entre elas a de Lady Carbury, que recorre à escrita para sobreviver e manter a sua ‘reputação’ – que ilustram a corrupção económica, moral, política e intelectual, do seu tempo. Durante os séculos XVIII e XIX, esta questão foi alvo de escrutínio por parte de pensadores e analistas económicos. Em Candide (1759), Voltaire remete a felicidade, enigmaticamente, para a forma como “cultivamos o nosso próprio jardim” e critica asperamente o consumismo desregrado. Do século XVIII para o XIX, o dinheiro – heranças, investimentos, especulações – foi o centro das atenções como nos mostra William Thackeray em Barry Lyndon (1844) e Vanity Fair (1848), dois romances que satirizam uma sociedade dependente do ‘vil metal’, recuperando a tradição picaresca de Henry Fielding (Tom Jones, 1749).
Nesta Comunidade, começaremos por Alain de Botton e a sua análise do conceito de status contemporâneo, cuja fragilidade se revelou no crash económico recente. Com Amis, revisitaremos um clássico que ilustra os excessos dos anos 1980 e, com Fitzgerald, mergulharemos na plena nostalgia de um breve tempo de abundância. Henry James mostra-nos o lado sombrio do dinheiro e o seu poder manipulador, o que acontece, também, na recordação de Duras, condenada a uma pobreza abjecta na remota Indochina. Para terminar, Jane Austen revela a sua atitude em relação ao dinheiro no seu romance mais inquietante. Através destas leituras discutiremos o lugar dos bens materiais na vida dos seres humanos que, afinal, parecem não ter mudado muito, ao longo dos tempos.
28 de Janeiro - Status. Ansiedade - Alain de Botton, Ed. Dom Quixote
11 de Fevereiro - Money - Martin Amis , Ed. Teorema
25 de Fevereiro - O Último Magnate - Scott Fitzgerald, Ed. Relógio D’Água
4 de Março - Washington Square - Henry James, Ed. Europa-América, Ed. Estampa como “A Herdeira”
18 de Março - Uma Barragem Contra o Pacífico - Marguerite Duras, Ed. Difel
25 de Março - O Parque de Mansfield - Jane Austen, Ed. Europa-América
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